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O papel da estomaterapia na vida do Ostomizado

 

«Bom dia Sr.(a) X, o meu nome é Joana. Quer fazer o favor de se sentar? A partir de agora sou a sua enfermeira estomaterapeuta, a enfermeira desta consulta que o Senhor passará a frequentar, se assim o entender. Espero conseguir ajudá‑lo a viver agradavelmente com a sua nova companhia: «o saquinho». Quer contar‑me o que lhe aconteceu?

 

Assim se inicia frequentemente, a Consulta de Estomaterapia. Nela se estabelece um relacionamento próximo, de elevada confiança e estima, entre o ostomizado e a enfermeira estomaterapeuta, que o ensina e prepara para o futuro, para uma vida que se pretende saudável, e com boa qualidade.

 

 

Mas, questiona o leitor, o que é isso de Consulta de Estomaterapia? E, como... enfermeira estomaterapeuta? Ostomizado?

 

A Consulta de Estomaterapia é uma consulta realizada por um(a) enfermeiro(a) estomaterapeuta, onde são acompanhados os ostomizados e as suas pessoas mais próximas.

 

O(a) Enfermeiro(a) Estomaterapeuta é o(a) enfermeiro(a) habilitado(a) com o Curso de Estomaterapia e que ensina e apoia os utentes realizando a Consulta de Estomaterapia.

 

O Ostomizado é a pessoa que tem uma ostomia/estoma, sendo este uma abertura, normalmente no abdómen, por onde saiem as fezes ou a urina. Tudo depende do problema que lhe deu origem.

 

Havendo saída de fezes quer dizer que o intestino está ligado à pele. Se for o intestino delgado, o estoma chama‑se ileostomia. Se for o cólon (intestino grosso) ligado ao abdómen, o estoma passará a chamar‑se colostomia. Mas, no caso de termos alguma das partes do aparelho urinário unido à pele, a abertura toma o nome genérico de urostomia.

 

 

Por falar em Consulta de Estomaterapia, o leitor é acompanhado nalguma das existentes no país? Se a resposta é negativa, tente marcar uma consulta. Caso a distância seja demasiada, dirija‑se a um(a) enfermeiro(a) que se dedique ao cuidado de ostomizados. Vai ver que não custa nada, não dói e que a sua vida pode melhorar significativamente. Não se feche, não tenha vergonha. Há milhares de pessoas com o mesmo problema. E há um(a) «enfermeiro(a) amigo(a)» que o pode ajudar se o(a) procurar. Na dita consulta as pessoas são ensinadas e acompanhadas, desaparecendo dúvidas e medos.


 

Mas, se acha que não há enfermeiro(a) por perto que o possa ajudar, experimente escrever. Tentarei responder às suas dúvidas.

 

 

M. Joana Tavares,


Enfermeira Estomaterapeuta


Hospital Geral de Santo António, S.A.,


Porto